NOITES DE POESIA EM VERMOIM - II
NOITES DE POESIA EM VERMOIM II
Continuando o artigo anterior e porque me sinto responsável por erros que aconteceram, venho esclarecer os delicados telefonemas que recebi: Espero ter esclarecido as dúvidas que me foram apontadas. José Gomes
1 O critério de selecção dos poemas obedeceu à sensibilidade de uma poetisa de reconhecido mérito;
2 Esta selecção foi aprovada por todos os membros do Movimentum Arte e Cultura, em reunião convocada para esse fim;
3 Como a Noite seria longa e para obstar melindres, foram escolhidos três poemas que seriam ditos por Maria Mamede e José Gomes;
4 Esses poemas ou eram da autoria ou foram declamados por poetas que já não se encontram entre nós;
5 O poema dedicado a João Homet e que foi por ele declamado numa das nossas Noites de Poesia (publicado hoje neste blogue), embora não fazendo parte da colectânea, foi um dos três escolhidos e ditos pela Mamede e por mim;
6 A distribuição dos livros por todos os presentes foi uma iniciativa do Executivo da Junta de Freguesia de Vermoim e que desde logo teve o nosso apoio e admiração;
7 As Noites de Poesia de Vermoim decorrerão, como até aqui, no primeiro sábado de cada mês, no local e à hora habitual, até decisão em contrário;
8 A próxima Noite de Poesia em Vermoim será no dia 3 de Setembro de 2005 e o tema é CIDADES.
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Maria Mamede e José Gomes interpretaram o poema Quadras de S. João que foi dedicado por Augusto Ramiro a João Homet em 1949.
Quadras de S. João
(dedicadas a um... Joãozinho)
Com bichinhas e estalinhos
Balônas de linda cor,
Cintilantes balõezinhos
Acesos com grande amor
Diverte-se o Joãozinho
Nesta noite de alegria
Junto à mãe e ao paizinho
E à criada Maria
Festeja-se hoje, amiguinho,
Um santo tão popular
Que é querido plo Zé-Povinho
Com devoção singular
É teu homónimo, o santo,
Amigo João Homet
E padeceu tanto, tanto,
Por causa da Salomé
Que ao apóstolo, a cabeça,
Com maldade requintada
(Quem haverá que o esqueça?)
Mandou fosse decepada
E lhe fosse apresentada
Num prato mas que horror
Só por não ser requestada
Pelo Santo Precursor.
E quando fores crescidinho,
Mais tarde, João Homet,
Tem cuidado, cuidadinho,
Qinda há muita Salomé.
Com que saudade hás-de ver
Estas noites de orvalhadas,
Recordações hás-de ter
Destas rimas descuidadas,
Do foguete luminoso
Que a Vida simboliza
Que sobe todo garboso
E logo plo chão desliza...
[Porto, véspera de S. João de 1949
O Falecido Vate: Augusto Ramiro)] prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />