POESIA (?) - Roubo descarado...
Não, Alice, a Poesia não te abandonou
pelo contrário! -----------------
(Sol de inverno)
Neste emaranhado princípio de ano em que as coisas deveriam correr melhor que no ano passado (apenas me apercebo que temos um pouquito mais de chuva, mas está um frio de rachar!!), as guerras, os atentados, o zangar das comadres , a fome, os sem abrigo, os sem emprego, os chico-espertos
..
Continua a ser a mesma chachada do ano passado!
Até a inspiração fugiu!
Mas quando a inspiração falha e depois de ter lido o texto que vou publicar já a seguir, chego à conclusão que as musas que nos têm alimentado poeticamente durante estes anos devem ter ido de veraneio para lugares mais agradáveis que a pasmaceira desta terra à beira mar plantada
E foi assim que cometi o crime!...
Perdoa lá amiga!...
POESIA (?) 13 de Janeiro 2006
(Roubado indecentemente à Alice - http://mulher50a60.weblog.com.pt/ )
Poesia. Caminho que as palavras escolhem para se juntar. Sem justificação ou prévia intenção. Expressão de sentimentos, de sensações. Jogo de palavras, até. Olhando à minha volta, a poesia pode estar em todo o lado. Uma flor, uma pedra. O belo e o feio. Tudo pode despertar uma frase que insiste em fazer-se ouvir. Uma frase que sei ter ligação com outras. E que só me larga quando encontra as palavras que a completam. Nessa obsessão pelo complemento, pela forma, pelo final, o poema instala-se e sussurra-me ao ouvido, como se não fosse possível dizer nem escrever mais nada. Tento fugir dele, agarrar outras palavras, outras ideias. Tudo sai imperfeito. Tudo desagua naquele que está dentro de mim, latente. Num momento, numa hora inesperada, o poema encontra a forma de se dizer e os versos jorram, encaixam. Lutam um pouco entre si, até encontrarem a forma procurada. E eu escrevo. Mas nenhum poema me deixa completamente. As palavras parecem mudar, acendem interrogações, sugerem novas ideias e inquietações. Por vezes, outra frase salta. E tudo recomeça. Poesia. A que leio e a que tento escrever. Aquela sem a qual não vivo. A que acende o sonho ou denuncia a iniquidade. A ideia que se faz palavra e as palavras que são alimento das ideias.
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Este texto é uma prosa poética que tem bem patente o teu cunho pessoal, a tua forma de dizer, de escrever e de amar a Poesia.
Um abraço e agradeço (ou melhor, os teus leitores agradecem) que nunca pares de escrever
Em poesia, em verso, na música que escolhes
Até a sorrir tu fases Poesia!
"La Bohème "
Charles Aznavour
CD: 20 Chansons d Or
4,05
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